Terça-Feira, 14 de Fevereiro de 2012
A defesa de Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a estudante Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, apresentou aos jurados, ontem (13), mais de uma hora e meia de reportagens de TV em que é questionado o trabalho dos negociadores do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar e da imprensa durante o sequestro, que durou mais de 100 horas.
Ao que indicam as reportagens, a estratégia inicial dos advogados do réu é culpar a PM e a imprensa pelo prolongamento do seqüestro de Eloá e da amiga Nayara Rodrigues da Silva, que foi baleada.
O primeiro vídeo a que os jurados assistiram foi uma reportagem da TV Globo, exibida a pedido da promotora Daniela Hashimoto, em que o perito Ricardo Molina, convocado como testemunha de defesa, analisa a seqüência de atos que antecederam os disparos contra a jovem.
Ao que indicam as reportagens, a estratégia inicial dos advogados do réu é culpar a PM e a imprensa pelo prolongamento do seqüestro de Eloá e da amiga Nayara Rodrigues da Silva, que foi baleada.
O primeiro vídeo a que os jurados assistiram foi uma reportagem da TV Globo, exibida a pedido da promotora Daniela Hashimoto, em que o perito Ricardo Molina, convocado como testemunha de defesa, analisa a seqüência de atos que antecederam os disparos contra a jovem.
Segundo essa reportagem, não há dúvidas de que os tiros que mataram Eloá e feriram Nayara partiram da arma de Lindemberg. Esse foi o único vídeo exibido pelo Ministério Público, responsável pela acusação.
Já a advogada Ana Lúcia Assad exibiu diversas matérias em que se questiona a ação do Gate. Em uma delas, uma das fontes ouvidas diz que a Polícia Militar teve a oportunidade de atirar contra Lindemberg e não o fez.
Em outro vídeo exibido, o Conselho Tutelar diz discordar do retorno de Nayara para o cativeiro e, novamente, culpa os negociadores do Gate pelo que chama de “erro”. A defesa exibiu ainda a entrevista que a apresentadora Sônia Abrão, também convocada para testemunhar, fez com Lindemberg ao vivo durante o seqüestro.
Antes, porém, existem diversas reportagens em que o trabalho da imprensa é criticado.
Em um desses vídeos, o apresentador Brito Junior, da TV Record, diz que os jornalistas deveriam fazer uma “auto-análise” sobre até que ponto a cobertura “interferiu” nos trabalhos dos negociadores – a declaração foi feita em uma palestra.
Já a advogada Ana Lúcia Assad exibiu diversas matérias em que se questiona a ação do Gate. Em uma delas, uma das fontes ouvidas diz que a Polícia Militar teve a oportunidade de atirar contra Lindemberg e não o fez.
Em outro vídeo exibido, o Conselho Tutelar diz discordar do retorno de Nayara para o cativeiro e, novamente, culpa os negociadores do Gate pelo que chama de “erro”. A defesa exibiu ainda a entrevista que a apresentadora Sônia Abrão, também convocada para testemunhar, fez com Lindemberg ao vivo durante o seqüestro.
Antes, porém, existem diversas reportagens em que o trabalho da imprensa é criticado.
Em um desses vídeos, o apresentador Brito Junior, da TV Record, diz que os jornalistas deveriam fazer uma “auto-análise” sobre até que ponto a cobertura “interferiu” nos trabalhos dos negociadores – a declaração foi feita em uma palestra.
Em outro momento, o apresentador José Datena, da Band, ataca os jornalistas “metidos a negociadores”. Antes da apresentação dos vídeos, a advogada de Lindemberg já havia demonstrado que a crítica ao “sensacionalismo” da imprensa seria uma de suas estratégias de defesa. “A imprensa marrom atrapalhou bastante o meu trabalho”.
Para a defesa, caso a PM tivesse agido antes e a imprensa não tivesse espetacularizado o caso, Lindemberg teria se entregado e Eloá não teria morrido.
0 comentários: