sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

PF desmonta quadrilha formada por madeireiros, índios, PMs e políticos no MA

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Sexta-Feira, 21 de dezembro de 2012


 

A Polícia Federal (PF) realizou nesta quinta-feira (20), uma operação para reprimir a extração ilegal de madeira em terras indígenas nos municípios de Maranhãozinho, a 800 km de São Luís, e Centro do Guilherme, a 450 km de São Luís. A operação formada por 34 policiais federais, cumpriram os sete mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.

Denominada Operação COPII (que em tupi-guarani quer dizer cupim), a operação desmontou a suposta quadrilha que, segundo a PF, é formada por madeireiros, índios, policiais militares e políticos da região.
Segundo a investigação da PF, a retirada de madeira ilegal funcionava, inicialmente, com a cobrança de uma taxa pela prefeitura de Centro do Guilherme, para que caminhões madeireiros entrassem na reserva e de lá retirassem as toras que eram vendidas às serrarias.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção passiva, concussão (exigir para si ou para outro dinheiro ou vantagem em razão da função), prevaricação, formação de quadrilha ou bando e peculato.

O esquema
A PF informou que o esquema de retirada ilegal da madeira contava com a participação da Prefeitura de Centro do Guilherme, que cobraria uma taxa para que os caminhões de madeireiros entrassem na reserva e retirassem toras. A madeira seria vendida a serrarias.
A investigação apontou que o dinheiro arrecadado com a entrada dos caminhoneiros não ia para os cofres públicos, mas sim, era desviado para os integrantes da quadrilha.
"Ao pagar a taxa o caminhoneiro recebia um ticket, que comprovava o pagamento e dava direito de ingressar na reserva. Esse controle de entrada dos caminhões era feito por guardas municipais armados ilegalmente instalados em 'barreiras/cancelas' no povoado Centro do Elias e na zona rural de Maranhãozinho, sob supervisão de um sub-tenente da Polícia Militar da região", informou a PF, por meio de nota.
Segundo a PF, além da acusação de corrupção, a atividade era ilegal pois não tinha autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Meio Ambiente) ou da Funai (Fundação Nacional Índio).
As investigações tiveram início com a Operação Arco de Fogo, em 2011, com o levantamento de informações sobre desmatamento na reserva indígena Alto Turiaçu, do Maranhão, que gerou um inquérito da PF.
A reportagem do UOL tentou contato com a Prefeitura de Centro do Guilherme, mas os telefones não estão funcionando. Representantes da Funai e do Ibama foram procurados, mas ninguém foi encontrado.


Fonte: Central de Notícias com informações do Site UOL
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