Sábado, 04 de maio de 2013
CRM vai abrir sindicância para investigar o caso, criticado pela entidade. Muitos internautas apoiaram a iniciativa do cirurgião
São Paulo - O Conselho Regional
de Medicina (CRM) vai abrir uma sindicância para investigar o caso de
um cirurgião plástico de Jundiaí (SP) que fez uma autocirurgia. De
acordo com o CRM, é considerado inapropriado qualquer tipo de ato médico
em si, com medidas variam entre a advertência até a cassação do
registro profissional.
Vídeo durante cirurgia: 'agora é mais fácil diagnosticar minhas pacientes'
Foto: Reprodução Internet
Para o Conselho, uma
autocirurgia seria aceita, como por exemplo, se ele fosse precisar
amputar um membro do corpo. Luiz Américo Freitas Sobrinho, de 66 anos,
publicou um vídeo realizando uma abdominoplastia (remoção de gordura e
pele em excesso) no abdômen inferior em 2012.
Apesar de ter ajuda de outras
pessoas durante a cirurgia, é ele quem faz o procedimento, desde a
aplicação da anestesia local até a sutura. Mesmo o procedimento sendo
criticado pelo CRM, os internautas que assistiram ao vídeo aprovaram a
iniciativa do médico.
"Um médico que aplica em si
mesmo aquilo que prescreve para outros é algo a se respeitar", disse um
internauta no YouTube. "Parabéns Dr vc é realmente um grande
profissional", afirmou outro. "O novo Leonid Ivanovich Rogozov, só que
este é brasileiro, que orgulho", comentou outro, em referência ao médico
russo que durante uma expediaçõ na Antártida em 1961 pela União
Soviética, diagnosticou a si mesmo com apendicite aguda (já que não
havia outro médico), e fazendo uma autocirurgia, obtendo sucesso.
"Considero Rogozov um verdadeiro
herói por ter realizado em si uma apendicectomia em um local distante e
sem os mesmos recursos técnicos que temos hoje. Em relação ao meu caso,
considero-me feliz por tentar imitá-lo", disse Luiz Américo também pelo
YouTube. "O objetivo foi remover a dobra do abdome. Ao passar pelos
mesmos problemas que minhas pacientes passaram, pude descobrir que agora
é bem mais fácil diagnosticar os problemas pós-cirúrgicos que elas
sentem do que antes, o que não deixa de ser que foi para o bem da
ciência".
Fonte: O Dia
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